Autoconhecimento é amor-próprio

Nesta busca incessante pelo meu objetivo, aprovar na CHN, chegou um momento em que descobri que precisava de ajuda, pois a ansiedade e frustração não estavam me fazendo bem, e isso estava se propagando para outros setores da minha vida. Então, busquei auxilio psicológico, fui na psicóloga que eu adoro e fiz um treinamento com uma coach especializada em auxiliar pessoas antes de provas prática para a CNH.

Em tempo: eu desejaria que todos tivessem acesso à atendimento psicológico, gente, pensa que maravilha ter alguém especializado para colocar o nosso pensamento no lugar, alguém que está de fora da situação. Não devemos ter (pré)conceito, de quem vai a psicólogo é louco, está doente, etc. O contrário, quem vai no psicólogo é porque teve a maturidade de entender que precisava de ajuda.

Bom, minha psicóloga querida me colocou a realidade na mesa: muitas pessoas passam por isso, que foi muito bom eu ter ido até ela, pois me fez refletir que, não devo satisfação a ninguém, a não ser a mim mesma, não devo me importar com que os outros pensam e devo passar por esse rito de passagem. Saí de lá com uma perspectiva mais racional, menos emocional. Parece que ela me fez ver a situação de fora, e ver que todos passam por isso, em maior ou menor grau. A prova da carteira não define quem eu sou, não me torna pior ou melhor que ninguém.

Treinamento com a coach

O CFC da minha cidade entrou em contato com uma coach, que é especializada em ministrar atendimento para pessoas com dificuldade de aprovação na prova teórica ou que aprovaram e não tem coragem de dirigir. Após esse contato, eles ofereceram o serviço para as pessoas que estavam com o processo aberto. Ofereceram para mim o serviço e eu aceitei.
No dia combinado, lá estava eu e minha caderneta, pois na etapa do autoconhecimento, entendi que preciso escrever o que escuto, fazer anotações para depois rememorar as minhas ideias. Para a minha surpresa, o curso era composto apenas por mulheres. Tive a impressão que apenas mulheres reprovam. Aliás, já escutei esse discurso em uma das aulas teóricos que fiz no meu primeiro processo, no qual o professor comentou que a maioria dos homens aprova na prova prática, que raramente um homem reprova.Que os homens são criados para brincar de carrinho e já internalizam isso para a fase adulta. Fiquei com esse discurso entalado, não retruquei nada na ocasião em que esse enunciado foi proferido, pois não me pareceu adequado, me soou como um machismo estrutural, do qual mulheres são inferiores. Isso daria um outro post, mas não irei adentrar nesse mérito, não agora.
A coach fez várias perguntas, nelas refleti qual era o gatilho que disparava na prova, pois eu sei dirigir, até tenho carro e não o uso, está guardado na garagem, empoeirado e sem bateria de tanto tempo parado, pois quero fazer tudo certo e espero que tu que estás lendo também.Voltando, a coach perguntou porque estávamos lá, qual era o nosso sentimento para a prova prática, onde reprovávamos. As respostas foram variadas, escutei o relato de mulheres que já estavam em depressão, outras que a família já recomendava que desistisse, que estavam gastando muito dinheiro, que nunca iriam conseguir.
Notei que o papel da família é fundamental. No meu caso, minha família sempre me apoiou muito, mas sentia o discurso da minha mãe era como o de não acreditar em mim. Eu já comentei isso a ela, que preciso é do apoio e não da descrença, pois já bastava a minha. Creio que mudei a situação.
Ainda nos relatos, escutei que essas mulheres eram cobradas por maridos, pais, mães para que desistissem, pois era muito dinheiro jogado fora. Não deixem que o pessimismo de terceiros paralisem o teu sonho. Junte o dinheiro necessário, parcele, pegue emprestado, mas não desista do seu sonho. A CNH não é um gasto, mas sim um investimento.
Sobre a etapa em que há a reprovação, as respostas foram: é culpa do avaliador, ele foi quem me reprovou; ou me dá um branco na hora da prova; ou ainda quero fazer tudo muito rápido, nem saio da baliza, a baliza é que me reprova. DESMISTIFIQUE-SE!